PSD ( 1)

O mito da falta  de penetração no eleitorado urbano, difundido por Pacheco Pereira e papagueado  por muitos. A metáfora futebolístico-sexual, crua  e pobre, serve  a atoleimados.

Quando Manuela Ferreira Leite enfrentou  Sócrates com uma mão vazia de promessas ( muito bem)  e o casamento para a procriação e as visitas a Alberto João ( muito mal), não penetrou ninguém: nem serrranos nem janotas. Julgo que nem chegou aos essenciais preliminares.

O partido assenta  hoje em dois pólos: os autarcas e o grupo parlamentar. O primeiro é um capote  de burel grosseiro que se está nas tintas para o partido para lá das fronteiras  de cada conselho; o segundo é um conjunto de figuras entrevadas numa  míriade de pequenas alianças e ambições, impossíveis de corrigir e acorrentadas ao complexo da troika.

Um medo enorme de assumir a matriz liberal assoma a cada esquina. À uma, porque o pós-troika ilegalizou  e deformou a matriz; às duas porque nem sabem o que isso é.


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