O velho revolucionário
Mateus Uva, 55 anos, professor de História, divorciado, dois filhos, natural de Alcobaça, residente em Lisboa. A História é a luta eterna entre senhores e servos. É pelos servos, para que deixem de ser servos e passem a ser senhores de si próprios. Para isso é necessária a revolução. Simples.
Nos dias de hoje, Mateus Uva continua a acreditar num mundo melhor. Venezuela e Coreia do Norte são faróis estelíferos, como foram outrora a URSS, Cuba ou o Cambodja. O amor ao povo e a defesa dos oprimidos move Mateus Uva.
Por vezes é interrogado pelo seu filho mais novo sobre a opressão existente nos faróis estelíferos. Puxa do caderno de Preobrazhenski e balbucia: a felicidade pessoal, como o amor ou o sexo, são reflexo de falta de fé no futuro da revolução. O miúdo leva a cadeira de rodas para o pé da janela e coloca uma manta sobre os ombros do pai. O futuro - pensa - é muito tempo.
Comentários
Enviar um comentário