Dia de lirismo
Há uns anos tive a sorte de conseguir a
poesia completa de João Lúcio ( edição da INCM, claro), o único que
Pascoaes considerava à sua altura. Já o trouxe aos blogues um par de vezes,
porque fico sempre rendido. No meio do enjoativo êxtase lírico, encontro coisas que só podem ser desenhadas nesse registo:
Como a floresta, meu amor, eu tento,
Atirar meu canto pra a altura:
Para a fazer cantar, toca-lhe o vento,
Pra me fazer cantar , no pensamento,
Passa o sopro da tua formosura.
( Na Asa do Sonho, 1913)
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