PSD ( 11)
Votar sim na moção de censura proposta pelo CDS é fácil. Os mortos, os desalojados, os deprimidos com toda a situação dos fogos. Ainda mais fácil porque o partido põe-se a salvo da acusação de ter ajudado o governo a sobreviver num momento de aperto. Talvez a facilidade não seja a melhor opção.
Uma moção de censura efectiva a um governo tem de ser estribada numa apreciação crítica global. Em regra, justifica-se pela paralisia da acção governativa ( a fase final da AD, por exemplo) ou em situações excepcionais ( a que fez cair Sócrates, livrando-o de ter de lidar com o FMI).
Misturar fogos e mortos com a política educativa ou a desgraça do SNS apenas pretende afirmar o CDS na esteira do resultado autárquico de Lisboa. Muito bom para o CDS, sem dúvida, mas escapa-me em que é que isto interessa ao partido.
Assim sendo, temos então que a melhor forma de conseguir um objectivo é através da utilização obstinada de meios simples. A moção do CDS parece respirar o ar desta ideia de Moltke. Tem os seus defeitos. O velho mecklemburgo acabou a escrever um livro sobre a sua responsabilidade no eclodir na I Guerra Mundial.
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