Drogas ( 3)
Petitpas Taylor disse ontem aos jornalistas que legalização da canabis recreacional não é uma data, é um processo. Tem a senhora toda a razão. Já isto they suggest the drug is less harmful than tobacco and alcohol é um disparate pegado. Este tipo de abordagem vai fazer muito mal a processos como o canadiano.
Os opiáceos, a canabis, a cocaína não fazem bem ao corpinho. Alcalóides e/ou semi-sínteses da coca e do ópio têm utilização terapêutica desde o século XIX ( no caso da morfina), mas isso é outra conversa. O ponto aqui é outro: não se reverte o processo proibionista criando uma ficção.
As drogas são más como o trânsito é mau, os conservantes são maus ( alguns), a prescrição maniáca de antidepressivos é má, a vida é , de uma forma geral, lixada; com bons intervalos quando o Jonas marca golos ou a cama corre bem.
A reversão do projecto proibicionista, tintadíssimo de uma visão imperial , colonial e religiosa, passa por assumir as intoxicações como um affair de adultos. É um assunto de crescidos, não é uma novela cor de rosa. E passa, claro, por desmantelar um aparelho que até agora só beneficiou os traficantes, mas isso fica para outra altura.
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