Drogas ( 4)

A Lei Seca  ( o Volstead Act)  mostrou, literalmente a priori ,  que os instrumentos de controlo de objectos de prazer excessivo influenciam em alto grau a qualidade dos mesmos.  Em 1926 ( Behr , 1996)  todos os meses eram vendidos, oficiosamente, à indústria de cosméticos 660.000 galões  de etanol. Nesse período observou-se, por exemplo,   a troca da cerveja  e da cidra  pelas bebidas destiladas ( Thorton, Policy  Analysis 1991) . Acontece que a Lei Seca mostrou igualmente  categorias familiares ao aparelho proibicionista das intoxicações: as culturais, sociais  e religiosas.
A América do século XIX , do desenvolvimento  ( e conquista....) dos territórios e da supermodernização industrial,  atraiu milhões   de emigrantes de culturas bebedoras diversas: alemães, italianos, polacos, irlandeses. Uma clivagem entre a cultura sober e oldtimer  dos protestantes  ( sim, o Lucky Luke tem muitas tiras com as senhoras de preto   da WCTU e da ASLA) e os beberrões católicos  recém-chegados  foi um dos motores da Lei Seca.


 Tanto a   Lei Seca como o as primeiras pedras do edifício proibicionista das drogas, lançadas por Sharman e Aslinger, exprimiram a ideia de uma superioridade cultural, mas, ao mesmo tempo , da sua fragilidade: as intoxicações ameaçavam-na. 
O que é notável, no caso americano, é que a foi Proibição  a minar a cultura superior. O nível de corrupção e de bandidagem durante a Lei Seca  infiltrou todo os  sectores da  sociedade: todos. O actual narcotráfico, qualquer pessoa capaz de cozer um ovo sabe, é responsável , como aqui se diz,  pelas drug-attributable chaotic lives.

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