Sinais ( 2)
No outro dia, de relance ( por isso não me lembro qual), vi na capa de uma revista qualquer coisa como as crianças ditadoras ou os novos pequenos ditadores. Associei de imediato aos cães que, à trela, puxam os trôpegos donos numa espécie de neo-ski urbano.
Crianças ditadoras é uma contradição nos seus termos. De onde vieram elas? De Marte? Terão lido, ainda de chupeta, o grande educador fascista Gentile e a sua tese de que a educação é o processo da revelação do Absoluto? Não me cheira.
Talvez ir pelos adultos. Se vivemos numa cultura narcisista em que pomos 50 fotografias dos nossos filhos no facebook por mês, em que gostamos tanto de nós que os nossos filhos só podem ser os mais imarescíveis seres de luz, em que rejeitamos o envelhecimento e, por consequência, idolatramos a juventude, talvez haja aí uma aberta.
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