Sinais ( 7)
"The Colophonians say that Homer was their
citizen; the Chians claim him as theirs; the Salaminians assert their
right to him; but the men of Smyrna loudly assert him to be a citizen of
Smyrna, and they have even raised a temple to him in their city. Many
other places also fight with one another for the honour of being his
birth-place.
They, then, claim a stranger, even after his death, because he was a poet; shall we reject this man while he is alive, a man who by his own inclination and by our laws does actually belong to us?".
They, then, claim a stranger, even after his death, because he was a poet; shall we reject this man while he is alive, a man who by his own inclination and by our laws does actually belong to us?".
O discurso de Cicero é em defesa de Arquias, que pediu a cidadania romana apesar de ter nascido na Lucânia. Ainda mais interessante é a chegada de Édipo às portas de Colono. Velho, cego e portador da maldição. Este arrazoado todo para falar de emigração.
A tese estabelecida é esta: os partidos tradicionais s não ousam enfrentar o problema, por isso os movimentos populistas, mais ou menos xenófobos, aproveitam a distracção.
Começar por definir o problema ajuda. O problema é haver muitos emigrantes ou haver emigrantes? Se o problema é a quantidade, os partidos tradicionais não estão impedidos de legislar quotas; se o problema é haver emigrantes, os partidos tradicionais têm de recusar o discurso xenófobo .
Nada é assim tão simples, dizem. Pois não. Há um século a Europa ainda estava emigrada em Àfrica e na Ásia. Impôs regras, leis e costumes, regulou arquivos culturais, capturou antiguidades, dominou economias e produções. A Índia não era um território virgem e bárbaro; a China muito menos, mas não se livrou de duas guerras do ópio que a obrigaram a aceitar navios e comércio estrangeiro.
Não se trata da cantilena do fardo do homem branco, da expiação da culpa. Trata-se de compreender os ciclos históricos. A mistura de capitalismo com estado social é atraente para populações que vivem com um nível de vida pré-capitalista. Rejeitar essa pretensão em nome da identidade cultural europeia é risível e, sobretudo, inútil. As identidades grupais não se legislam, não se amarram a cordões sanitários. Ainda por cima, as comunidades emigrantes já fazem parte das culturas europeias.
Existem choques identitários e culturais? Claro, sempre existiram, os pogroms não foram imaginação. O que sabemos da História, sobretudo da recente, é que as tentativas de os resolver a régua e esquadro foram genocídios ( o último na ex-Jugoslávia). Tratar os emigrantes como cidadãos, e isso inclui os deveres, é a única opção.
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