PSD (3)
O que o partido tem pela frente é uma...frente. Exceptuando o PCTP-MRPP e o MAS, que não pesam na mochila, toda a esquerda. Toda mesmo. De ex-UDP's/PSR's aos advogados de negocios socialistas, passando pelos pet lovers e pelas ossadas da ortodoxia comunista. Se juntarmos a isto os exércitos de jornalistas saídos dos mui plurais cursos de comunicação social, temos os media nos flancos da frente, sobrando um jornal electrónico ( O Observador) e os pasquins CM e Sol. Marcelo flana, como sempre fez, ao sabor do vento. Nenhuma surpresa.
A talada de toucinho na sopa bacorinha é fornecida pelos anos da troika, dos quais o miniver oficioso eliminou a gestação socialista de Sócrates para ficar só com o parto de fórceps do sádico obstetra Passos.
É muita coisa. Seria de esperar que o partido assimilasse a nova configuração, mas não tem sido o caso. A primeira coisa a fazer seria reconhecer a frente como ela está: unida e coesa. Isto implicaria seguir um dos princípios do testamento político do sabido Richelieu - destinar a cada um apenas aquilo que lhe é devido ( cap VII). No caso, fazer oposição.
O partido - esta direccção - não vestiu o fato de oposição. Funciona ainda, dois anos volvidos, sob o complexo de Griselda. É o pai que não aceita que a filha saia de casa e constitua família ( ou outras opções), obcecado em manter o seu suporte e fidelidade. A direccção do partido trabalha como se o país - a filha - vivesse um momentâneo arrufo amoroso. Não vive. Casou e saiu de casa. Para longe.
Vários exemplos:
1) O desleixo absoluto nas eleiçoes autárquicas.
2) A indiferença face à oposição interna.
3) A ausência de qualquer ideia que não seja a de retomar o caminho que julgou ( aceito que bem) interrompido, como se o tempo não fugisse.
4) Renovação inexistente, mantendo velhos vícios e personagens.
4) Renovação inexistente, mantendo velhos vícios e personagens.
Comentários
Enviar um comentário