José Gomes Ferreira

Mais um poeta  comunista, mais  uma voz tonitruante como eram todas as dos militantes. Gosto neste grupo do compromisso entre  a tarefa política e a expressão  poética. Sendo a poesia, a verdadeira, o anti-destino - não serve para nada, não serve nada -,  como toda  a arte,  o trabalho de reconciliação  devia ser doloroso e merece respeito.
Uns versos que julgo serem exemplo do que digo. Belíssimos, crus em qualquer tempo de servos:

Todos os velhos a pedirem esmola para entrarem humilhados
na morte
Todos os filhos a implorarem de joelhos: não me batas
paizinho!
Todas as traições, todas as ânsias, todos os soluços, todas as
mãos de cardos hirtos.

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